tag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post1504407193579715796..comments2021-05-10T08:52:00.873-03:00Comments on Aristaire: O preconceito linguístico no BrasilLeo Basilehttp://www.blogger.com/profile/04284848216872540748noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-12752141787560972752014-01-23T15:44:35.515-02:002014-01-23T15:44:35.515-02:00Colocações absolutamente precisas, Raphael!Colocações absolutamente precisas, Raphael!Leo Basilehttps://www.blogger.com/profile/04284848216872540748noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-66867967222021630782014-01-23T08:03:46.368-02:002014-01-23T08:03:46.368-02:00E outro detalhe: li por cima os comentários aqui p...E outro detalhe: li por cima os comentários aqui postados, mas percebi que num deles se levanta a seguinte hipótese: "sendo um instrumento intersubjetivo de comunicação, a língua só pode ser avaliada de acordo com critérios relacionados à comunicação; logo, se o registro linguístico permite ao sujeito se comunicar, a língua está cumprindo sua função e é, por assim dizer, válida". Bem, parece-me que tal argumentação ignora que existem diversos níveis de comunicação, uns mais complexos, outros menos. A maioria dos eventos linguísticos do cotidiano são simples, e a linguagem coloquial dá conta perfeitamente deles. No limite da simplicidade, existem situações comunicacionais que dispensam até mesmo o uso de língua e são realizáveis meramente por sinais (como pedir a conta para o garçom). Agora, há situações de expressão muito mais complexas, para as quais a linguagem de sinais ou mesmo a linguagem coloquial não servem. Uma obra de filosofia ou de literatura quase sempre lança mão da norma culta, inclusive porque esta tem uma riqueza vocabular que a linguagem coloquial não possui (e muito menos a linguagem corporal), que permite a expressão de ideias e conceitos de modo mais preciso e claro. Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-25359890378049427262014-01-23T07:49:38.938-02:002014-01-23T07:49:38.938-02:00Qualquer pessoa que leia o ensaio "o irracion...Qualquer pessoa que leia o ensaio "o irracionalismo brasileiro", de Sérgio P. Rouanet, conforme apontado anteriormente, perceberá que o relativismo que caracteriza linguistas como M. Bagno pode gerar problemas mais danosos do ponto de vista social, político e cultural do que a posição tradicional que defende a universalização da norma culta.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-56186822920365717122013-10-12T10:15:59.347-03:002013-10-12T10:15:59.347-03:00Prezado Jonathan, creio que ao longo dos tempos te...Prezado Jonathan, creio que ao longo dos tempos tenham sido feitas várias adaptações da normatividade para o que se pode chamar de "Português do Brasil", tanto em termos ortográficos como de estruturação sintática, basta comparar, por exemplo, escritores do século XIX com os mais atuais.<br />No caso desse último acordo ortográfico, que tem viés homogeneizante, me parece que não tem sido muito bem aceito e já cheguei a ouvir dizer que o mesmo poderá cair.<br />Exatamente em quais aspectos você acredita que a Gramática é arcaica?Leo Basilehttps://www.blogger.com/profile/04284848216872540748noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-42036856293572153892013-10-12T09:32:22.841-03:002013-10-12T09:32:22.841-03:00E se a gramática normativa estivesse adaptada pa...E se a gramática normativa estivesse adaptada para o Brasil atual e não para o Portugal de anos atrás... será que a língua portuguesa seria ainda seria "difícil"?Jonathan A.https://www.blogger.com/profile/09518224229689583988noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-22236671285434357292013-05-04T18:52:58.904-03:002013-05-04T18:52:58.904-03:00Defender o não uso da gramática normativa é fácil,...Defender o não uso da gramática normativa é fácil, pois prega-se o falar e escrever de qualquer jeito.<br />A língua portuguesa é difícil e as pessoas se apegam a qualquer argumento para não falarem corretamente.<br />As regras têm uma finalidade muito definida: fazer com que a pessoa se faça entender da melhor maneira. Não usar uma vírgula bem posicionada, não usar um acento corretamente, usar o tempo verbal errado atrapalham a comunicação.Blog de Cris Bonahttps://www.blogger.com/profile/17907613412659902125noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-13272040402267115752013-05-04T17:13:13.041-03:002013-05-04T17:13:13.041-03:00Ora, ora, o que temos aqui a não ser uma tentativa...Ora, ora, o que temos aqui a não ser uma tentativa atrapalhada de soar filosoficamente?! Sem dúvida, um caso de incapacidade ou preguiça! Imagine só Kant ou Hegel misturando categorias tão distintas quanto "absoluto" e "universal".<br />Agora, caro(a) anônimo(a), você tem mesmo certeza de que o "absoluto" está situado onde pensa que ele está? A meu ver, o "absoluto" tem sido cada vez mais o inverso do que você enxerga; está presente no BBB, nos discursos de Lula, nas redes sociais ou nos escritos rasteiros de um Bagno, não na obra de um Pe. Antonio Vieira, de um Alexandre Herculano ou de um Guimarães Rosa, talvez o mais belo exemplo de que variações de léxico e sintaxe podem e devem seguir a norma culta.<br />Meu texto foi motivado sobretudo em função do tema do preconceito: ele ocorre por parte de quem?; daqueles cuja defesa da norma culta, não apenas no que se refere ao seu uso, mas mais ainda quanto à sua difusão, se faz pelo fato da mesma proporcionar uma comunicação mais plena e dotada de qualidade, ou do outro lado, dos Bagnos da vida, que talvez não estejam dispostos a realizar o esforço necessário para difundir a língua em sua norma culta? Ou seria pela incapacidade destes?<br />O grande problema do pós-modernismo é lidar com todos os aspectos socioculturais a partir da ideia de poder e dominação, o que é IRRACIONAL. A língua não foi criada por uma elite, sabe-se lá qual, a fim de excluir da comunicação aqueles fora de seu círculo, não pelo menos em se tratando das línguas modernas. É o oposto disso!<br />Quanto às transformações históricas pelas quais passa a norma culta, como já indiquei nesse mesmo comentário, são resultado de processos de longa duração que envolvem um contexto muito mais amplo do que a própria língua. Disso decorrem adaptações de léxico, sintaxe, ou até de ortografia, mas dentro de padrões que se acumularam de acordo com a própria experiência, o que é bem diferente de promover um uso anárquico da língua descartando esses mesmos padrões sem critério algum, outro exemplo de IRRACIONALIDADE!<br />Por fim, suponha-se que a língua seja uma mera questão de improviso, um artifício cuja função é se fazer entender, quando muito, aos trancos e barrancos, como você procura mostrar. Caso essa tese se confirmasse, proporcionando o surgimento das supostas variações ricas e identitárias, tal qual no delírio relativista pós-moderno, então notaríamos alguma coisa bem diferente do que ora se apresenta: padronizações cifradas em torno do "internetês", que vira e mexe invadem textos cujo teor linguístico deveria ser outro (quem é professor sabe bem o que é isso), comprometendo gravemente a possibilidade de interpretação e de aprofundar ideias (o analfabetismo funcional atinge algo em torno de 65% dos brasileiros) ou, pensando na língua falada, o advento quase "absoluto" do gerundismo, um enxerto esdrúxulo da língua estrangeira sobre o Português. "Absolutamente" lamentável!Leo Basilehttps://www.blogger.com/profile/04284848216872540748noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-55310715083018296132013-05-03T15:46:58.129-03:002013-05-03T15:46:58.129-03:00"Já quanto às mudanças pelas quais a língua p..."Já quanto às mudanças pelas quais a língua passa ao longo da história, são perfeitamente passíveis de aceitação e nada têm a ver com o desuso da norma culta" Então, por favor, me diga como a língua muda ao longo da história sem o desuso da norma culta, porque, para que a língua mude, a norma culta de um período específico cai em desuso, caso contrário a população falaria português e a língua oficial seria latim. <br /><br />E sim, quando você afirma que a norma culta deve ser comum para todos os conjuntos de usuários de uma língua, você atribui a ela caráter absoluto NAQUELA LÍNGUA (admito que neste caso absoluto é mais apropriado que universal). A universalidade que mencionei pertence à LINGUAGEM, que não é o mesmo que LÍNGUA. Linguagem é a capacidade fruto da EVOLUÇÃO NATURAL do ser humano (logo universal), enquanto LÍNGUA é um produto cultural, ou seja, tudo o que está fora da mente humana molda a linguagem em uma forma específica: a LÍNGUA. É aí que está a sua mencionada "IMENSA VARIEDADE LINGUÍSTICA QUE SE OBSERVA NAS POPULAÇÕES HUMANAS". Porque a cultura e o espaço moldam a linguagem de cada grupo, criando a tal imensa variedade, tão grande quanto a variedade de ambientes e organização sociais. <br /><br />Portanto, tomar a gramática normativa como forma absoluta de uma língua é IRRACIONAL, já que esta é apenas uma forma específica no espaço-tempo. O que se propõe não é a destruição dela, mas sim o reconhecimento do absurdo que é tomá-la como absoluta, e da desqualificação das outras. É claro que existe uma série de variedades socialmente prestigiadas, dentre elas a literária (que se subdivide em diversos períodos). <br /><br />Um sistema educacional eficiente deve permitir que todos compreendam todas elas. Por exemplo, mesmo que você aprenda inglês (e é a variedade padrão de prestígio que você aprenderá), terá dificuldades para ler Shakespeare, que serão superadas caso você expanda seu conhecimento linguístico em direção àquela variação do século XVI.<br /><br />Aliás, lendo novamente seu texto, pude notar que você não é nerd, nem "homossexual", já que, em que várias ocorrências, você foge da tão "bem pensada" e "complexa" norma padrão. Qual a justificativa: incapacidade ou preguiça?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-63337817734579784512013-05-02T17:30:34.836-03:002013-05-02T17:30:34.836-03:00Bem, vou deixar de lado a consideração sobre inter...Bem, vou deixar de lado a consideração sobre interpretar Bagno como um racionalista, o que me parece uma aberração. De qualquer modo, o cerne da questão é: se o usuário de determinada língua consegue se comunicar, ainda que não seja por meio da norma culta, permanece a indagação, "se comunica como, com que qualidade?" Não há como fugir dessa problemática.<br />Já quanto às mudanças pelas quais a língua passa ao longo da história, são perfeitamente passíveis de aceitação e nada têm a ver com o desuso da norma culta; tais mudanças não determinam construções tais quais "nós vai" ou "seje lá o que for", ou "há tantos anos atrás".<br />E creio que o seu cérebro é que está atrofiado, já que não afirmei possuirem as línguas (note-se o plural!) nenhum caráter universal, o que seria um paradoxo total, mas apenas que a norma culta existe com objetivo contrário do que pretendem fazer entender os relativistas, isto é, permite uma melhor comunicação dentro de conjuntos comuns formados por uma população usuária da língua. Nada a ver com universalismo. Que viagem! A passagem "Em primeiro lugar, cabe notar que a construção linguística não é um dado da natureza, mas sim um elemento cultural. Ninguém nasce sabendo a linguagem, ao contrário, ela é fruto de um aprendizado educacional que permite sua assimilação, até que um certo ponto desse trajeto de apropriação educacional é atingido e a partir do qual o usuário da língua passa a dominá-la na maioria de seus aspectos, sendo que daí em diante, resta somente aprimorá-la. Obviamente, se não fosse assim, se a língua fosse um dado natural, então não haveria A IMENSA VARIEDADE LINGUÍSTICA QUE SE OBSERVA NAS POPULAÇÕES HUMANAS." - aborda exatamente essa ideia.<br />Por fim, muito grato por sua recomendação a respeito de Rouanet. Levei bastante a sério e vou reler Bagno, além de dar atenção redobrada aos anônimos do mundo virtual.Leo Basilehttps://www.blogger.com/profile/04284848216872540748noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-79936125036110523592013-05-02T10:05:59.983-03:002013-05-02T10:05:59.983-03:00O relativismo deve ser combatido, com certeza. Mas...O relativismo deve ser combatido, com certeza. Mas tenho certeza que você não leu Bagno. Meu querido, ele é um racionalista. Sabe qual é o pensamento dele? É o seguinte: Sendo um fato que o indivíduo é competente para sua língua nativa, ele é capaz de se comunicar. Sendo um fato também que a língua muda, é IRRACIONAL achar que uma forma específica no tempo-espaço seja tomada como universal. Universal é somente a própria linguagem, inata a cada ser humano. <br /><br />Todas as formas no tempo-espaço são relativas. Mas isso não é relativismo, sabe por que? Porque existe o absoluto (coisa que os relativistas de verdade negam), e este consiste na pura abstração e negatividade. A própria razão é absoluta, o agora é absoluto, a linguagem é absoluta. Esta é a diferença entre racionalismo e relativismo: o primeiro sabe que todas as formas relativas surgem do absoluto, o segundo acredita que só há formas relativas, e não há absoluto. Este último deve ser combatido, sim, mas não confunda as coisas.<br /><br />E pare de ler o Rouanet antes do seu cérebro atrofiar de vez.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-90463534350014968642011-03-14T18:14:23.866-03:002011-03-14T18:14:23.866-03:00Caro Anônimo, grato pela sua recomendação de leitu...Caro Anônimo, grato pela sua recomendação de leitura. Não só já li de Bagno a obra que você cita, como outras. O autor tem uma concepção historicista da linguagem que o conduz ao relativismo, exatamente aquilo que critico no artigo.<br />Permita-me lhe indicar a leitura de "O novo irracionalismo brasileiro", ensaio do filósofo brasileiro Sergio Paulo Rouanet e ainda "O a priori da comunidade de comunicação", do linguista alemão Karl-Otto Apel, além do artigo mais pontual que citei ao final do meu.<br />É custoso dizer, mas é por conta de irracionalistas como Bagno, que dominam as academias brasileiras, que o panorama intelectual do país beira o ridículo.<br />Abraço.Leo Basilehttps://www.blogger.com/profile/04284848216872540748noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6563297228113724582.post-19212130086005620612011-03-14T16:15:51.524-03:002011-03-14T16:15:51.524-03:00Amigo, vc precisa ler mais sobre preconceito lingu...Amigo, vc precisa ler mais sobre preconceito linguístico para saber do que se trata. Sugiro "Nada na língua é por acaso", de Marcos Bagno.Anonymousnoreply@blogger.com