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terça-feira, 6 de maio de 2014

Caos nosso de cada dia


O Brasil vive um momento esquisito: as denúncias de corrupção continuam pululando uma atrás da outra, um mar de lama sem igual e o governo, como sempre, procurando minimizar a gravidade da situação, coisa que faz com sucesso desde 2005, já que se aproveita de uma oposição inexistente e de uma população em estado de catarse, a despeito das enganosas ondas de "despertar do gigante", pura ingenuidade de gente que costuma se bem intencionada, mas incapaz de vislumbrar com mínima exatidão o que acontece por aqui.
Dentro de pouco mais de trinta dias, se iniciará a Copa do Mundo, evento esportivo que pode ter consequências políticas das mais importantes. Enquanto a competição estiver acontecendo, com a seleção nacional viva ou não na disputa, será o foco das atenções para grande parcela do povo, portanto, a influência que ela terá nos rumos do país só poderá ser explorada e sentida quando faltar um tempo bastante curto para as eleições de outubro, para o bem ou para o mal. Em um Brasil de tantos absurdos, o fator Copa interferindo na política é só mais um deles. E se tudo já estiver previamente arranjado para que o escrete tupiniquim conquiste a taça? Dá para duvidar? Em tempo: se algum jogador convocado recusasse o chamado de Luiz Felipe Scolari em função de posições políticas e ideológicas, de imediato, se tornaria para mim um herói (como propôs Joseph Campbell, o herói é aquele que renuncia a uma oportunidade em nome de outra, mais fugaz, mas também, muito mais grandiosa). A esse tipo de conjectura, dá-se o nome de "utopia".
Voltando à política em si, um conceito distorcido de política e daquilo que se relaciona ao político é sempre invocado quando quem detém o poder tenta deslegitimar um debate. Assim procede o PT através de seus quadros, pois têm sido absolutamente corriqueiro observá-los dando declarações em relação à CPI da Petrobrás, ressaltando de modo veemente que a mesma não pode enveredar por um caminho político (talvez por isso o governo terá maioria na comissão, inclusive comandando presidência e relatoria...). Ora, mas é óbvio que, queiram ou não os governistas, trata-se sim de uma questão política, ainda mais porque envolve uma empresa pública cujos diretores e ex-diretores, além do próprio governo, devem satisfações não aos partidos da "oposição", mas sim à população brasileira. O PT tem usado a Petrobrás obedecendo a velhas táticas esquerdistas: aparelhamento da máquina pública e populismo, patologias administrativas que destroem as instituições e impedem que a política seja entendida e exercida a partir daquilo que a define, isto é, participação à base de ideias e repertório argumentativo. Desde Aristóteles a política é condição sine qua non para que se erija a condição humana. O PT quer eliminar a política, mas faz politicagem.
E no intuito de gerar o caos para com isso acentuar progressivamente a ditadura gramsciana, o mesmo PT, juntamente com seus acólitos, permanece insuflando o ódio de classes no país: qualquer evento, por mínimo que seja, serve a esse propósito, até mesmo o preço dos ingressos para partidas de futebol e a presença de público nos estádios. Segundo o sr. Lucio de Castro, da ESPN Brasil, está em curso um projeto de "elitização" dos estádios, salvo exceções como o Fluminense. Engraçado: Peter Siemsen não é um membro da elite? Ou é um membro da elite que age contra a elite? Ah, já sei, é porque o presidente do clube das Laranjeiras, tem "consciência social", apesar de ser da elite. Logo no Fluminense, um clube de raízes elitistas... . Mas, devemos insistir: que elite é essa, a elite política? Como, se o Brasil é controlado por um partido de esquerda e se os partidos não-governistas são todos de esquerda, ou, no mínimo, de centro-esquerda? Será a elite econômica? Hummmm..., aquela que é composta por empresários amigos da realeza, liderada por um partido de esquerda? Talvez a elite intelectual, formada majoritariamente por... "intelectualóides" esquerdistas, muito bem representados por ninguém mais, ninguém menos, do que ele, o próprio sr. Lucio de Castro! Agora, sem ironias, é preciso ser de uma idiotice ímpar para não enxergar que vivemos o completo oposto de uma "elitização", ou seja, devido à paulatina desvalorização da cultura, da moral e dos interditos sem os quais não há possibilidade de existência de qualquer sociedade, a massificação que tomou conta do Brasil, vetorizada pela canalhice esquerdista, tenta empurrar goela abaixo das pessoas de bem que o descumprimento de normas básicas de convívio não existe e não passa de uma mistificação preconceituosa. Assim, defendem que todo tipo de comportamento, independente de causar prejuízos à vida em sociedade, deve ser aceito normalmente.
É ou não é o caos? Ele já está instalado!

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