É difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram. - Voltaire
Quando o PT, depois de várias tentativas frustradas, finalmente conquistou o poder federal nas eleições de 2002, muito se comentou a respeito da metamorfose sofrida pelo partido, que teria adotado uma retórica light, se aproximado dos empresários e revisto seus princípios fundantes, tomando uma direção mais social-democrata. Segundo um bom número de analistas, foi isso mesmo que tornou possível fazer de Lula o presidente da República. Correto apenas em parte.
Não há dúvida de que a habilidade retórica - e esse é um conceito de suma importância para a história das ideias políticas - foi o fator principal que alçou a estrela vermelha ao comando do Executivo. Analisando-se a história, é fácil e elementar constatar que qualquer governo de tendências autoritárias, de todos os tipos, tiranias, despotismos, absolutismos, totalitarismos, jamais deixaram de ter na retórica, sua forma mais eficaz na conquista do apoio da população. Sun-Tzu, Maquiavel e Montesquieu estudaram a questão sob diferentes prismas e chegaram a conclusões semelhantes, tanto para apoiar a prática, como para indicar meios de enfraquecê-la e fazer valer o império da lei, no caso do filósofo iluminista. No século XX, profetas e arquitetos das revoluções de esquerda e do nacional-socialismo, escreveram manuais que instruem como dar um golpe de Estado, como corroer o sistema por dentro dele próprio e tomar o poder de surpresa, na surdina. Nada mais do que lavagem cerebral, leia-se Lenin, Gramsci e Hitler, está tudo lá, de forma simples e clara.
A retórica petista não mudou, na verdade, e aí entra o lado errado da análise mencionada no início. A retórica de um partido como o PT foi e sempre será a mesma, apenas tornou-se mais sofisticada com o passar do tempo, mais pérfida e mais capaz de manter as massas sob estado hipnótico. O PT, no melhor estilo leninista-gramsciano, na melhor forma de propaganda à la Goebbels, soube como conquistar Brasília, soube fazer conluio com os cartéis da política, se aliou aos grupos abastados da sociedade, àqueles que não sofrem com as mazelas brasileiras. De um lado, o conchavo com o que restou das velhas oligarquias, resquícios do Império e da República Velha, do outro, as massas ignorantes, sedentas por um pai-salvador, - mentalidade popular e messiânica - mantidas em catarse pelo assistencialismo e pela própria habilidade retórica. Sobra a classe média, o grupo social que carrega o Brasil nas costas, mas que paga caro e come o pão que o diabo amassou devido à atuação de governos como o do PT.
A retórica do PT é a mesma, porque o que esse partido quer, nada mais é do que perpetuar-se no poder. O PT é filho de Lenin, de Stalin, de Hitler, de Mao, de Pol Pot, de Fidel. A retórica é o próprio caminho para o autoritarismo, não existe mudança, nunca existiu, o que há é a ação para a destruição do poder consensual, das leis, do Estado, da democracia, ainda que a nossa seja manca e imperfeita. A trilha para o poder perpétuo vem a cada ano e a cada dia sendo percorrida pelo PT, sendo que a politização da doença de Dilma foi habilmente utilizada para fazer da pré-candidata uma espécie de mártir, uma vítima heróica. É perfeitamente plausível que as lideranças do partido venham a qualquer momento divulgar a ideia de que devido ao seu mal, ela não possa disputar as eleições. Ninguém saberá, se isso vier a ocorrer, se tratar de um fato real, afinal, a cura de um câncer é sempre incerta, ou um falsete para justificar uma possível alteração na Constituição para que Lula concorra às eleições presidenciais em 2010. É a retórica autoritária, nada mais do que isso.
Mesmo se aqueles que, como eu, abominam o PT, estiverem sofrendo de um surto agudo de paranoia anti-petista, a figura de Dilma já está devidamente martirizada e imbuída de uma aura messiânica, de modo a lhe conferir maior poder de sedução diante das massas, estratégia que pode ter sido minuciosamente articulada pelas lideranças petistas em vista da necessidade de "preparar" uma figura política desconhecida e de nome complicado para cair no gosto e no ardor do populacho.
Ou Lula, ou Dilma, não importa, a retórica petista não mudou, nunca vai mudar. Que esteja atento o eleitor brasileiro, que a oposição anódina passe a se fazer presente. Mais do que nunca, existe um cheiro pútrido de autoritarismo no ar.
Quando o PT, depois de várias tentativas frustradas, finalmente conquistou o poder federal nas eleições de 2002, muito se comentou a respeito da metamorfose sofrida pelo partido, que teria adotado uma retórica light, se aproximado dos empresários e revisto seus princípios fundantes, tomando uma direção mais social-democrata. Segundo um bom número de analistas, foi isso mesmo que tornou possível fazer de Lula o presidente da República. Correto apenas em parte.
Não há dúvida de que a habilidade retórica - e esse é um conceito de suma importância para a história das ideias políticas - foi o fator principal que alçou a estrela vermelha ao comando do Executivo. Analisando-se a história, é fácil e elementar constatar que qualquer governo de tendências autoritárias, de todos os tipos, tiranias, despotismos, absolutismos, totalitarismos, jamais deixaram de ter na retórica, sua forma mais eficaz na conquista do apoio da população. Sun-Tzu, Maquiavel e Montesquieu estudaram a questão sob diferentes prismas e chegaram a conclusões semelhantes, tanto para apoiar a prática, como para indicar meios de enfraquecê-la e fazer valer o império da lei, no caso do filósofo iluminista. No século XX, profetas e arquitetos das revoluções de esquerda e do nacional-socialismo, escreveram manuais que instruem como dar um golpe de Estado, como corroer o sistema por dentro dele próprio e tomar o poder de surpresa, na surdina. Nada mais do que lavagem cerebral, leia-se Lenin, Gramsci e Hitler, está tudo lá, de forma simples e clara.
A retórica petista não mudou, na verdade, e aí entra o lado errado da análise mencionada no início. A retórica de um partido como o PT foi e sempre será a mesma, apenas tornou-se mais sofisticada com o passar do tempo, mais pérfida e mais capaz de manter as massas sob estado hipnótico. O PT, no melhor estilo leninista-gramsciano, na melhor forma de propaganda à la Goebbels, soube como conquistar Brasília, soube fazer conluio com os cartéis da política, se aliou aos grupos abastados da sociedade, àqueles que não sofrem com as mazelas brasileiras. De um lado, o conchavo com o que restou das velhas oligarquias, resquícios do Império e da República Velha, do outro, as massas ignorantes, sedentas por um pai-salvador, - mentalidade popular e messiânica - mantidas em catarse pelo assistencialismo e pela própria habilidade retórica. Sobra a classe média, o grupo social que carrega o Brasil nas costas, mas que paga caro e come o pão que o diabo amassou devido à atuação de governos como o do PT.
A retórica do PT é a mesma, porque o que esse partido quer, nada mais é do que perpetuar-se no poder. O PT é filho de Lenin, de Stalin, de Hitler, de Mao, de Pol Pot, de Fidel. A retórica é o próprio caminho para o autoritarismo, não existe mudança, nunca existiu, o que há é a ação para a destruição do poder consensual, das leis, do Estado, da democracia, ainda que a nossa seja manca e imperfeita. A trilha para o poder perpétuo vem a cada ano e a cada dia sendo percorrida pelo PT, sendo que a politização da doença de Dilma foi habilmente utilizada para fazer da pré-candidata uma espécie de mártir, uma vítima heróica. É perfeitamente plausível que as lideranças do partido venham a qualquer momento divulgar a ideia de que devido ao seu mal, ela não possa disputar as eleições. Ninguém saberá, se isso vier a ocorrer, se tratar de um fato real, afinal, a cura de um câncer é sempre incerta, ou um falsete para justificar uma possível alteração na Constituição para que Lula concorra às eleições presidenciais em 2010. É a retórica autoritária, nada mais do que isso.
Mesmo se aqueles que, como eu, abominam o PT, estiverem sofrendo de um surto agudo de paranoia anti-petista, a figura de Dilma já está devidamente martirizada e imbuída de uma aura messiânica, de modo a lhe conferir maior poder de sedução diante das massas, estratégia que pode ter sido minuciosamente articulada pelas lideranças petistas em vista da necessidade de "preparar" uma figura política desconhecida e de nome complicado para cair no gosto e no ardor do populacho.
Ou Lula, ou Dilma, não importa, a retórica petista não mudou, nunca vai mudar. Que esteja atento o eleitor brasileiro, que a oposição anódina passe a se fazer presente. Mais do que nunca, existe um cheiro pútrido de autoritarismo no ar.
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