Os trechos abaixo foram extraídos de um fórum de discussão na Internet (Viciados em livros - isso tem um forte significado!), o qual, em um de seus tópicos, aborda os livros da escritora de temática teen, Sthephenie Meyer. A discussão teve início a partir de uma postagem que colocava em questão a qualidade da literatura de Meyer, tendo espraiado para temas paralelos ao longo do debate. O ideal é acompanhar a discussão por inteiro no próprio fórum (não vou postar o link aqui, mas basta acessar o Orkut e procurar pela comunidade Viciados em Livros e entrar no tópico "Stephenie Meyer, uma referencial?") para que o leitor possa tirar suas próprias conclusões. O que trago a seguir, é uma seleção de sentenças que, observe-se bem, pelo rumo tomado na discussão, revelam o perfil intelectual do brasileiro médio (preservei o texto original dos postantes). Ria, ou chore...
Ainda não podemos, em nossa própria voz, contrariar o público de Meyer, que ao meu ver são tantos, pelo fato de estarmos em um país desvalorizado quanto à literatura, e principalmente ao meio jovem; porém creio piamente que surgirão escritores com potencial de trazer aos jovens e adolescentes uma qualidade em romances de modo que se interessem mais tarde por escritores como William Shakespeare e Jane Austen. Ah, se lêssemos mais romances! - Esse é o criador do tópico, tentando transmitir uma ideia audaciosa através de uma escrita bem confusa. Note-se que ele tenta se imbuir de uma postura intelectual.
Eu mereço! - O primeiro post do tópico! (risos)
meu!!!
exite livros pra todos os gostos.. todos os estilos e pra todos momentos da vida de uma pessoa...
cada um é cada um...a maioria q leu Stephenie Meyer adorou.. e leu a serie toda!
por que nao???
muitos leem Stephenie e le classicos tbm. qual o preconceito???
o importante é ler algo.. ocupar a mente.. ativar a memoria .. a imaginação...
muito melhor do que ficar em frente da tv.. ou vendo bobeiras na net....
seja Stephenie ou Shakespeare!!!
cada um q cuide da sua vida!
cada um q escolha seus livros!!!
Adoro ler mas não gosto de ler clássicos, nem por isso me considero menos inteligente por isso.
Não li nenhum livro dela ainda, só comentários, mas acho que a gente deve ler aquilo que nos faz bem e se isso for Crepúsculo, que seja Viva la Vida.
Brasil nos faz ter esses pensamentos, bem compreensível. - Este é o criador do tópico. Ele foi bem...
Certamente a autora citada NÃO é um referencial, pois sua literatura passa longe, muito longe da qualidade dos clássicos. Não precisa nem de um clássico, se pensarmos em valores mais novos, como Philip Roth ou Milton Hatoum, Meyer parece uma anedota infantil. Tudo isso se levarmos em conta VALOR LITERÁRIO.
Por outro lado, por questões citadas ao longo do tópico, parece interessante que adolescentes se sintam atraídos pela leitura de Meyer. Como frisou um membro, fica difícil, de acordo com o atual estilo de vida e gostos do público dessa faixa etária, exigir que leiam literatura mais elaborada, sendo que nem o vocabulário deles pode ser qualificado de razoável. Vivo isso a cada dia, pois sou professor. Se os livros de Meyer despertarem algum gosto pela literatura, o que não deixa de ser possível, quem sabe os livros dela não estarão prestando um bom serviço? No mínimo, melhora-se o vocabulário, a escrita e a comunicação verbal. - Minha contribuição.
Acho que Mesk (criador do tópico) precisa aprender a escrever textos mais compreensíveis, sua crítica aos livros da Meier é uma bela amostra de pedantismo redacional e pseudointelectualidade literária. Ah, se tivessemos o hábito de escrever... nossos textos seriam mais claros! - Um membro que tentou dar toque mais sofisticado à discussão, embora eu não tenha concordado com ele em tudo.
E Paulo Coelho é outro que soube transformar suas experiências em livros populares, escrevendo de forma simples e atingindo as necessidades das pessoas de seu tempo. Com isso atraiu a ira dos pseudointelectuais. - O mesmo membro do post anterior. Ele foi mal...
Eu leio qualquer tipo de livro. Mesmo. Gostei da série Crepúsculo assim como gosto de vários outros livros que falam de coisas completamente diferentes. A Meyer soube escrever e acertar em cheio o tipo de leitura dos jovens de hoje em dia. Não que os jovens estejam certos em ler livros com histórias tão "banais", mas deixa a mulher escrever o que ela gosta e ganhar o dinheiro dela, ela não tá fazendo mal a ninguém. Simples assim. - Simples...
É popular porque alcança o povo, entendido como uma grande massa, mesmo que segmentada por faixa etária. Livros herméticos não alcançam o povo, só uma pequena classe de arrogantes pseudointelectuais. Esses pedantes só produzem obras-primas entre aspas, faltou colocá-las no post de ontem. Na verdade, são excrementos de literatura.
Só uma coisa óbvia, mas que nem sempre é entendida como tal, isto é, não é porque uma obra se torna best seller que isso faz dela algo de boa qualidade, pelo contrário, sobretudo no Brasil e na atual sociedade do espetáculo e da cultura de massa. - Minha contribuição, em resposta ao post anterior.
Meyer é ótima escritora porque conhece o gosto de seu público e sabe escrever como ele quer. Está plenamente sintonizada com seus leitores. É evidente que uma obra de Descartes não é desqualificada porque poucos conseguem ler. Também é fato que filósofos acham que só conseguem prestígio se escreverem de forma difícil, mas A Crítica da Razão Pura de Kant é obra fundamental da humanidade. O problema é esconder incompetência debaixo de linguagem pedante e falsa intelectualidade, coisa muito comum.
A acessibilidade, por si só, não garante qualidade, do contrário, o que pensar de um Pe. Antonio Vieira ou de um Alphonsus de Guimaraens?
Do mesmo modo, o rebuscamento, quando anódino, é uma lástima, vide pós-modernistas como Hayden White, Giles Deleuze, para não falar do superestimado Foucalt. - Eu, de novo.
Vorou papo de "intelectual" ... - Um dos membros, após verificar o rumo que a discussão vinha tomando...
Locke?
Descartes?
Maquiavel?
Kant?
Pe. Antonio Vieira? (de qual igreja?)
Alphonsus de Guimaraens? (que nome feio)
Quem são esses?
Acho melhor vocês lerem crepúsculo!
Melhor livro que eu já li em minha vida. - O mesmo membro do post anterior.
quem fica criticando qualquer escritor que seja, deveria escrever melhor e fazer mais sucesso que o alvo da ira.
Esse mundo é cheio de pseudos... pseudos sabedores de literatura, de cinema , de teatro. É gente que acha que só o que é clássico é bom... ou só o que ele gosta é bom. Tudo que cai no gosto popular é ruim...
Já faz tempos que certas coisas já deixaram de ser feitas só para os pseudos, elite etc e tals... hoje quem não escreve pra todo mundo ler, ou não faz filme-industria... I'm sorry... mas não vai conseguir ir muito longe não.
Graças a Deus, hoje em dia estão fazendo cultura e informação para todo mundo, para todos os gostos.
Se eu tivesse que me contentar em ler somente Locke, Kant, Maquiavel...leitura seria algo que não faria parte da minha vida e com certeza de GRANDE parte das pessoas!!!
Desde que desperte algum tipo de emoção: curiosidade, amor, ódio, tristeza, alegria seja Stephenie Meyer, Shakespeare, Carlos Drummond ou Paulo Coelho tudo tá valendo...depende do gosto de cada um. E feliz do que gosta de todos e não tem preconceito!!! - Eu não poderia ter escolhido outro excerto para encerrar o artigo! Lindo, não é mesmo?! É a cara do Brasil!
Ainda não podemos, em nossa própria voz, contrariar o público de Meyer, que ao meu ver são tantos, pelo fato de estarmos em um país desvalorizado quanto à literatura, e principalmente ao meio jovem; porém creio piamente que surgirão escritores com potencial de trazer aos jovens e adolescentes uma qualidade em romances de modo que se interessem mais tarde por escritores como William Shakespeare e Jane Austen. Ah, se lêssemos mais romances! - Esse é o criador do tópico, tentando transmitir uma ideia audaciosa através de uma escrita bem confusa. Note-se que ele tenta se imbuir de uma postura intelectual.
Eu mereço! - O primeiro post do tópico! (risos)
meu!!!
exite livros pra todos os gostos.. todos os estilos e pra todos momentos da vida de uma pessoa...
cada um é cada um...a maioria q leu Stephenie Meyer adorou.. e leu a serie toda!
por que nao???
muitos leem Stephenie e le classicos tbm. qual o preconceito???
o importante é ler algo.. ocupar a mente.. ativar a memoria .. a imaginação...
muito melhor do que ficar em frente da tv.. ou vendo bobeiras na net....
seja Stephenie ou Shakespeare!!!
cada um q cuide da sua vida!
cada um q escolha seus livros!!!
Adoro ler mas não gosto de ler clássicos, nem por isso me considero menos inteligente por isso.
Não li nenhum livro dela ainda, só comentários, mas acho que a gente deve ler aquilo que nos faz bem e se isso for Crepúsculo, que seja Viva la Vida.
Brasil nos faz ter esses pensamentos, bem compreensível. - Este é o criador do tópico. Ele foi bem...
Certamente a autora citada NÃO é um referencial, pois sua literatura passa longe, muito longe da qualidade dos clássicos. Não precisa nem de um clássico, se pensarmos em valores mais novos, como Philip Roth ou Milton Hatoum, Meyer parece uma anedota infantil. Tudo isso se levarmos em conta VALOR LITERÁRIO.
Por outro lado, por questões citadas ao longo do tópico, parece interessante que adolescentes se sintam atraídos pela leitura de Meyer. Como frisou um membro, fica difícil, de acordo com o atual estilo de vida e gostos do público dessa faixa etária, exigir que leiam literatura mais elaborada, sendo que nem o vocabulário deles pode ser qualificado de razoável. Vivo isso a cada dia, pois sou professor. Se os livros de Meyer despertarem algum gosto pela literatura, o que não deixa de ser possível, quem sabe os livros dela não estarão prestando um bom serviço? No mínimo, melhora-se o vocabulário, a escrita e a comunicação verbal. - Minha contribuição.
Acho que Mesk (criador do tópico) precisa aprender a escrever textos mais compreensíveis, sua crítica aos livros da Meier é uma bela amostra de pedantismo redacional e pseudointelectualidade literária. Ah, se tivessemos o hábito de escrever... nossos textos seriam mais claros! - Um membro que tentou dar toque mais sofisticado à discussão, embora eu não tenha concordado com ele em tudo.
E Paulo Coelho é outro que soube transformar suas experiências em livros populares, escrevendo de forma simples e atingindo as necessidades das pessoas de seu tempo. Com isso atraiu a ira dos pseudointelectuais. - O mesmo membro do post anterior. Ele foi mal...
Eu leio qualquer tipo de livro. Mesmo. Gostei da série Crepúsculo assim como gosto de vários outros livros que falam de coisas completamente diferentes. A Meyer soube escrever e acertar em cheio o tipo de leitura dos jovens de hoje em dia. Não que os jovens estejam certos em ler livros com histórias tão "banais", mas deixa a mulher escrever o que ela gosta e ganhar o dinheiro dela, ela não tá fazendo mal a ninguém. Simples assim. - Simples...
É popular porque alcança o povo, entendido como uma grande massa, mesmo que segmentada por faixa etária. Livros herméticos não alcançam o povo, só uma pequena classe de arrogantes pseudointelectuais. Esses pedantes só produzem obras-primas entre aspas, faltou colocá-las no post de ontem. Na verdade, são excrementos de literatura.
Só uma coisa óbvia, mas que nem sempre é entendida como tal, isto é, não é porque uma obra se torna best seller que isso faz dela algo de boa qualidade, pelo contrário, sobretudo no Brasil e na atual sociedade do espetáculo e da cultura de massa. - Minha contribuição, em resposta ao post anterior.
Meyer é ótima escritora porque conhece o gosto de seu público e sabe escrever como ele quer. Está plenamente sintonizada com seus leitores. É evidente que uma obra de Descartes não é desqualificada porque poucos conseguem ler. Também é fato que filósofos acham que só conseguem prestígio se escreverem de forma difícil, mas A Crítica da Razão Pura de Kant é obra fundamental da humanidade. O problema é esconder incompetência debaixo de linguagem pedante e falsa intelectualidade, coisa muito comum.
A acessibilidade, por si só, não garante qualidade, do contrário, o que pensar de um Pe. Antonio Vieira ou de um Alphonsus de Guimaraens?
Do mesmo modo, o rebuscamento, quando anódino, é uma lástima, vide pós-modernistas como Hayden White, Giles Deleuze, para não falar do superestimado Foucalt. - Eu, de novo.
Vorou papo de "intelectual" ... - Um dos membros, após verificar o rumo que a discussão vinha tomando...
Locke?
Descartes?
Maquiavel?
Kant?
Pe. Antonio Vieira? (de qual igreja?)
Alphonsus de Guimaraens? (que nome feio)
Quem são esses?
Acho melhor vocês lerem crepúsculo!
Melhor livro que eu já li em minha vida. - O mesmo membro do post anterior.
quem fica criticando qualquer escritor que seja, deveria escrever melhor e fazer mais sucesso que o alvo da ira.
Esse mundo é cheio de pseudos... pseudos sabedores de literatura, de cinema , de teatro. É gente que acha que só o que é clássico é bom... ou só o que ele gosta é bom. Tudo que cai no gosto popular é ruim...
Já faz tempos que certas coisas já deixaram de ser feitas só para os pseudos, elite etc e tals... hoje quem não escreve pra todo mundo ler, ou não faz filme-industria... I'm sorry... mas não vai conseguir ir muito longe não.
Graças a Deus, hoje em dia estão fazendo cultura e informação para todo mundo, para todos os gostos.
Se eu tivesse que me contentar em ler somente Locke, Kant, Maquiavel...leitura seria algo que não faria parte da minha vida e com certeza de GRANDE parte das pessoas!!!
Desde que desperte algum tipo de emoção: curiosidade, amor, ódio, tristeza, alegria seja Stephenie Meyer, Shakespeare, Carlos Drummond ou Paulo Coelho tudo tá valendo...depende do gosto de cada um. E feliz do que gosta de todos e não tem preconceito!!! - Eu não poderia ter escolhido outro excerto para encerrar o artigo! Lindo, não é mesmo?! É a cara do Brasil!