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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Anti-Brasil


O atual presidente da República é omisso, conivente, intelectualmente prejudicado, demagogo, populista, bravateiro, autoindulgente, politicamente anódino. Recentemente, em mais uma de suas sandices, declarou que o terrorista Ahmadhinejad, líder iraniano, tem direito de afirmar que o Holocausto não existiu. Como afirmou o brilhante jornalista Daniel Piza, essa afirmação é assombrosa, isso para dizer o mínimo. Seria o presidente brasileiro antissemita? Não duvido. Lula é a cara do Brasil, e eu não gosto do Brasil.
O Brasil é o país mais corrupto do mundo e, antes que algum patriota bobo diga que há corrupção em todo lugar, qualquer um que tenha lido rudimentos básicos de Filosofia, sabe disso. Acontece que aquilo que difere o Brasil dos países desenvolvidos é a lei. A lei pune corruptos. Brasileiro tem aversão à lei e, muitas e muitas vezes, não a cumpre. O brasileiro acha bonito ser malandro e a lei lhe tolhe a malandragem. Brasileiro é irresponsável.
Eu não aprecio grande parte da cultura brasileira. Não gosto de MPB e daquelas músicas mais faladas do que cantadas, daquelas letras pseudointeligentes, detesto samba e Carnaval (cabe destacar que o Carnaval brasileiro é uma distorção ridícula de tradições pagãs europeias).
O brasileiro se considera um povo alegre e hospitaleiro mas, devido à ignorância histórica que também lhe é típica, desconhece o fato de que a escravidão possuiu conotação estamental no país. O racismo no Brasil é velado. O brasileiro é acentuadamente acrítico e inculto, a maioria não leu uma das obras fundantes da historiografia local, Raízes do Brasil, de Sergio Buarque de Holanda. Entre os que leram, muitos interpretam a teoria do "homem cordial" como se a mesma fizesse apologia da suposta alegria do povo verde e amarelo. Demência. O homem cordial é uma crítica mordaz do familismo, do fatalismo, da mentalidade arcaica, servil, antiliberal, antirracional, antimeritória, da preguiça, da falta de impessoalidade e da falta de distinção entre público e privado, traços característicos da sociedade brasileira. Eu sou a favor de tudo aquilo que não é comum no Brasil, portanto, nada mais óbvio do que eu não gostar nem um pouco do Brasil.
Sim, o brasileiro possui uma alegria. Alegria tola, afeita ao humor pobre e barato e que invariavelmente descamba em direção à baixaria e a um estado festivo da alma que não passa de pura falta de senso de realidade. Na última semana, enquanto uma parcela de brasileiros sérios trabalhava, uma horda de tolos e desocupados pulava nas areias de Copacabana para comemorar a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos em 2016. É uma tristeza observar que este mísero país nunca é notícia internacional por motivos relacionados à ciência, tecnologia, arte, cultura ou educação. E o povo ainda festeja a farra do dinheiro público que aumentará ainda mais com Copa e Olimpíadas. A tolice e a alienação brasileiras são deploráveis.
O Brasil é o país dos impostos, possui a pior relação entre carga tributária-retorno ao cidadão na forma de benefícios. Essa situação revela claramente um Estado tentacular e um governo gastador, sobretudo com o PT no poder. Ainda se gastasse bem, vá lá, mas gasta pessimamente. Diante disso, é jocoso constatar que o país está cheio de marxistas extemporâneos, cuja paixão ideológica, absolutamente cega, os faz acreditar que FHC implantou o "neoliberalismo" no Brasil. Que grande piada! Como se não fosse todo o resto, que já obstaculiza qualquer tentativa de liberalismo nesse país, ainda por cima o Estado brasileiro tem o peso de um brontossauro. Belo liberalismo dos impostos...
O Brasil é um país tropical. O calor faz mal ao intelecto, causa moleza e torpor, faz o corpo transpirar e ficar cansado. O clima quente não favorece a aptidão pelo trabalho, nem o esforço, por outro lado, contribui com a devassidão, com a malemolência e com a vulgaridade. Ter orgulho do Brasil, por que?!
O Brasil tem inúmeras belezas naturais. O governo brasileiro até hoje investe mal em turismo. De que adianta? Antes os nossos prodígios da natureza estivessem em outro canto qualquer do mundo. Falando nisso, não posso deixar de salientar o fato de que por mais irreal, paranoica e tosca que tal ideia possa parecer, ainda há quem afirme que os EUA pensam que a Amazônia é dele. É para rir! Enquanto isso, a floresta é desmatada por madeireiras, garimpo e outras atividades clandestinas brasileiras (no governo petista, o desmatamento da Amazônia e de outros biomas alcançou níveis jamais notados anteriormente). Além disso, as FARC fungam nas fronteiras amazônicas e a Petrobrás leva um chute no traseiro do cocaleiro autoritário Evo Morales, que Lula tem como amigo...
O Palmeiras é um clube brasileiro. Encontrei algo do qual gosto no Brasil. A premissa não resiste a cinco segundos de reflexão. As origens do Palmeiras estão na Itália.
Não sou nada patriota e a essa altura é um truísmo escrever isso. Como sempre costumo colocar, sou habitante do planeta Terra e as fronteiras políticas não passam de invenções humanas pela sede de poder. Meu cosmopolitismo deriva de minha afinidade intelectual com o Iluminismo. Estou interessado em questões planetárias, como a ecologia ou a relação do Homem com o planeta e com as outras formas de vida. Que se dane o Brasil!
Durante o regime militar, autoritário, nacionalista e patriota, ficou famosa a máxima "Brasil, ame-o ou deixe-o!" Lanço aqui, um novo aforismo, "Brasil, não o amo, dê-me a oportunidade de deixá-lo!". Por fim, destaco o óbvio, isto é, não pedi para nascer nesse mísero país. Sou anti-Brasil e não abro!

2 comentários:

  1. Parabéns pelo sincero e verdadeiro texto. Você conseguiu explicar tudo o que eu também realmente sinto e não sinto por este país hipócrita, ridículo e presunçoso. Um país de mente curta, de mentirosos e bajuladores. Parabéns.

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