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domingo, 5 de setembro de 2010

Suécia e Dinamarca (Estocolmo e Copenhague)


Storkyrkan, em Estocolmo

Hoje volto para cumprir mais uma etapa de relatos sobre o Eurotour. Será a vez de completar o roteiro na Escandinávia, passando por Estocolmo e Copenhague. No texto anterior, escrevi que Holanda e Bélgica também fariam parte da postagem seguinte, todavia, temo que se incluir esses dois últimos, o texto se torne muito longo e cansativo. Irei deixá-los, assim sendo, para um relato posterior. Feita a ressalva, sigamos viagem!
Depois de ver os fjords, tivemos pouco tempo para descansar na cidade de Hommelvik, centro-norte da Noruega, e seguir viagem no dia seguinte por cerca de 780 km até Estocolmo. Por sorte, teríamos 3 noites na capital sueca, o que nos daria a possibilidade de desacelerar um pouco após os momentos mais cansativos da estadia no Velho Mundo.
A chegada em Estocolmo ocorreu apenas no final da tarde. Era hora então de descansar até o o próximo dia, quando então, já refeitos, teríamos a oportunidade de desvendar a cidade. Estocolmo é normalmente considerada a mais charmosa das capitais nórdicas e um dos mais belos locais da Europa. Nem eu nem minha namorada concordamos com essa avaliação após dois dias inteiros passeando pela cidade. Obviamente, Estocolmo não é um lugar ruim, longe disso, mas perde de Oslo, na própria Escandinávia, ou de cidades em outras partes da Europa, como Berna. Apesar disso, a capital sueca oferece momentos bastante agradáveis, sempre com a baía entre o Mar Báltico e o Lago Malaren dominando a paisagem e servindo ao visitante como ponto de referência.
O ponto alto de Estocolmo, ao menos segundo minha impressão particular, - Fernanda poderá confirmar, ou não - é a Storkyrkan, catedral da cidade com fachada em estilo barroco italiano. A construção não é tão rica em detalhes quanto o gótico, mas suas paredes em tom alaranjado e o relógio da torre lhe dão um aspecto bastante singular e intrigante. Próximo dali, o turista deve fazer uma parada por volta do meio-dia para acompanhar a pomposa cerimônia da troca da guarda no Palácio Real (leve água, pois se precisar comprar por ali, terá de desembolsar até 3 Euros!). Outras catedrais de Estocolmo, como a Riddarholmskyrkan e a Tyska Kyrkan, também valem uma visita, dada a interessante mistura de elementos neoclássicos, góticos e nórdicos. O mesmo efeito é observado no Stadshuset, prédio da prefeitura, que apresenta ainda um belo jardim.
Estocolmo oferece, além disso, um recheado cardápio de museus ao turista. Dependendo do tempo disponível, o visitante escolhe um ou dois para visitar, ou vai em todos eles, sendo que os principais são o Nordiska, o Vasa, o Skansen (esse, além das tradições rurais suecas, mantém animais em seus recintos, motivo pelo qual resolvemos não visitá-lo) e o Historiska, aquele que escolhemos, devido ao rico acervo de peças vikings que possui (o visitante não pode deixar de observar com atenção o machado viking, em notável estado de conservação).
Se Estocolmo se mostra em desvantagem com relação a outras cidades que mencionei, por outro lado, não se pode negar seu charme e sua singularidade. Ao percorrer suas ruas e atrações, o visitante certamente se sentirá no século XIX e desfrutará de um ar imperial novecentista que a capital sueca transmite como nenhuma outra.


Nyhavn, em Copenhague

Após a estadia em Estocolmo, a viagem teve o ponto de parada seguinte em outra capital escandinava, Copenhague, na Dinamarca. Chegamos na cidade num sábado à tarde e logo partimos para uma caminhada na Stroget, um quadrilátero que compõe a maior quantidade de lojas comerciais da Europa. O local se mostrou bagunçado e até mesmo sujo para padrões europeus, o que nos deu uma má impressão inicial de Copenhague. No domingo, saímos novamente, indo em direção ao norte da cidade para ver a Pequena Sereia, estatueta de autoria de Hans Christian Andersen e símbolo da Dinamarca. Chegando no local, soubemos que ela se encontrava em Shangai! Outro motivo de irritação! A caminhada continuou ao longo do dia, o que nos permitiu visitar lugares muito bonitos, como o Nyhavn, canal todo margeado por um colorido casario, ponto alto de Copenhague, a meu ver, além da Igreja de Santo Albano, situada num belo parque, o Amalienborg, conjunto neoclássico de edificações que abriga a residência da família real, o Palácio Christiansborg, sede dos 3 poderes dinamarqueses, a Borsen, antiga sede da Bolsa de Valores, o Palácio Rosenborg, com seus impressionantes jardins e o Radhuset, edifício-sede da prefeitura. O Tivoli, espécie de parque de diversões, é normalmente citado como uma das principais atrações da cidade, porém, me parece um lugar procurado apenas por convenção e modismo. Seu aspecto fake não me atrai, afinal, não fui até a Escandinávia para ver pagode chinês ou templo mourisco, daí eu tê-lo riscado da visitação.
Copenhague possui um número altamente significativo de construções belíssimas que, assim como em Estocolmo, mesclam elementos arquitetônicos de várias origens - neoclássico, gótico e nórdico, -  de modo intrigante, profícuo e charmoso. O lado negativo desta capital escandinava fica por conta da bagunça e da sujeira excessivas, o que me faz pensar que uma única visita seja o suficiente para apreciá-la.
Com os relatos de hoje, encerra-se o exotismo da etapa escandinava do Eurotour. Quando eu retornar aqui, já estaremos de volta à Europa clássica. Até lá!

Um comentário:

  1. Confirmo sim, mas acrescento, como ponto alto, uma caminhada pelas ruas do centro.
    Centro seguro, movimentado e bem conservado sempre me atraiu. Talvez por não termos isso no Brasil.

    Fernanda

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