E cá estamos novamente... 2013 terminou com o tal do rolezinho, 2014 começa com ele e vem aí o rolezão... . A prática não passa de pura arruaça, desordem, intimidação, violência, mau uso de espaço privado com acesso público, impede a livre circulação das pessoas, promove depredação, saque, furto, ou seja, é crime.
Estamos, porém, no Brasil, país no qual o comunismo implantado por vias gramscianas avança a galope, daí não surpreender o fato de que quando o crime vai aos poucos tomando conta de tudo - os números de guerra civil e os recentes episódios no Maranhão, quintal da família Sarney, aliada do PT, são desdobramentos do mesmíssimo tipo -, sempre aparecem os vários "cientistas sociais" tupiniquins, esquerdopatas, apólogos do coitadismo, da vitimização do criminoso, do ódio de classe e da violência que lhe é inerente - pois seu modus operandi disso depende - para defender o caos. "São jovens buscando o consumo, ávidos por conquistas sociais e de acesso à cultura manifestando-se em uma estética própria". Palavras do tipo pulularam na imprensa, em blogs como os dos Leonardos Sakamotos da vida e nas redes sociais, desnudando uma vez mais a profunda ignorância e o analfabetismo político que grassam no Brasil. Em suma, meros clichês esquerdistas que invertem a realidade de modo sui generis: tentam passar a ideia de que em nome de reivindicações, quaisquer que sejam elas, mesmo quando totalmente inviáveis, os meios são sempre legítimos e justificáveis, logo, quem se opõe ao que é nitidamente errado, acusa-se de "criminalizar movimentos sociais". Tudo se transforma em movimento social, bastando estar dotado de ideologia esquerdista e fazer uso da violência e de táticas criminosas. O crime deixa de ser crime porque carrega consigo a vaga ideia de "justiça social" e qualquer obstáculo é visto como elemento "burguês", "reacionário", "capitalista", devendo ser sumariamente eliminado.
Em um país assolado pelo projeto de poder petista, as classes C e D passaram a consumir bens muitas vezes descartáveis ao verdadeiro espírito liberal, que é poupador, ao contrário do que se passa na mente de tantos intelectualóides ou metidos a tal. Consumo essas classes estão obtendo, mesmo à custa de endividamento e juros: todos têm TV, smartphone, tênis Nike, roupas de skate e surfwear e às vezes até carro popular. Não é consumo propriamente que desejam, mas sim ostentação, patologia típica da classe política e dos ricos apadrinhados pelo governo a ser imitada pelos adeptos do rolezinho.
A alta cultura é algo que passa cada vez mais longe de uma nação cujo governo adotou práticas populistas para alcançar e sustentar apoio escorado na ignorância. Nos círculos parcamente instruídos, a alta cultura ganha conotação classista - lembremos que o ódio de classe é mais um elemento inerente a qualquer governo esquerdista - e considerada como manifestação de afetação do adversário, lixo burguês a ser destruído. Essa gente não quer acesso à alta cultura, jamais lhes passa pela cabeça ler clássicos da filosofia e da literatura, assistir bons filmes, ouvir música clássica, jazz, blues, fusion, ou um rock de qualidade, só o que desejam é poder escancarar o porta-malas em qualquer lugar e despejar funk nos ouvidos de quem estiver próximo, assistir novelas globais, programas de auditório e ler revista de fofoca. Tudo isso eles já fazem e agora querem fazer cada vez mais até que se pulverize o pouco que ainda resta da alta cultura do inimigo de classe. Preconceito? Não, realismo, ainda que, claro, existam exceções.
Conseguir acesso a uma maior quantidade de renda, quase todo mundo tenta. Eu tento, um copeiro tenta, um lixeiro, bem como um trainee, um advogado, um médico, um marceneiro, um vendedor, um comerciante ou qualquer outro profissional que acredita poder ir além em suas condições financeiras. É algo que depende de oportunidade, de estudo, aprimoramento, esforço e dedicação, meios legais e honrosos. A população cujo acesso à instrução ainda é altamente deficiente - governo populista gosta de população ignorante - tem que cobrar das autoridades outro tipo de educação no Brasil, mas suas preocupações praticamente não tocam nesse ponto. Seria interessante um rolezinho imbuído de tal reivindicação, algo diametralmente oposto ao descaso com que grande parcela do alunos trata a escola e o estudo. E não só eles, mas também muitos de seus professores que, a despeito da falta de valorização, encontram justificativas infindáveis para faltas e licenças, para aulas mal ministradas e para doutrinação esquerdista que, logicamente, jamais aborda temas como responsabilidade individual, mérito e deveres morais.
Em tempo, cabe sempre salientar aos nossos intelectualóides que o conceito de espaço público implica no direito de todos ao usufruto daquilo que pertence à coletividade cívica, ou seja, o exato contrário de um espaço que não pertence a ninguém. O niilismo anárquico e autodestrutivo não pode ser imposto a outrem. Segue o jogo..., segue de mal a pior...
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