Diante da histeria cada vez mais exacerbada em certos setores da sociedade brasileira, notadamente entre aqueles que difundem e/ou seguem ideias de esquerda, não é de se estranhar que as pessoas alheias ao mais rasteiro senso comum sejam sumariamente acusadas com os adjetivos da moda proferidos por figuras como Jean Wyllys, sujeito que, caso vivesse em um país sério e cuja política, corroída pela ocupação de espaço gramsciana, fosse algo além dos joguetes de poder e das negociatas fisiológicas, - sintoma do estatismo que ele próprio defende - não seria reconhecido nem mesmo por participar de um péssimo programa do tipo reality show.
Sim, como liberal da linhagem humanista à la Irving Babbitt, sou de direita, pois acredito que a responsabilidade individual e os princípios de moralidade universais, atentos à essência humana ao invés da demasiada importância dada a determinismos culturais, geográficos, fenotípicos ou de gênero, são os elementos a partir dos quais se pode pensar na totalidade de um indivíduo. Portanto, ser liberal vai na contramão de ideias racistas e homofóbicas.
O que pode haver de mais importante em um ser humano, seus valores, sua ética, sua retidão, suas ações baseadas em princípios que devem ser válidos em qualquer tempo-espaço ou meros recortes parciais, muitos dos quais, incluída aí a própria homossexualidade, não dependem do poder de escolha individual e nem deveriam interferir nas condutas que norteiam sua atuação como sujeitos em âmbito individual e coletivo? A resposta é óbvia, exceto para aqueles que necessitam construir sistemas de interesse pautados pelo ódio fratricida e que exploram supostas fraquezas, erigidas como tal a partir do pensamento politicamente correto, uma máscara por trás da qual se revela a sanha de poder e o egoísmo psicótico. Trata-se de uma estratégia totalitária utilizada na tentativa de compensar recalques e promover vingança difusa, fruto de sofrimentos causados por algum agente que partia dos mesmos ditames sectaristas que agora, igualmente, alimentam os pretensos instauradores da "justiça social" e do "paraíso terrestre", sem que este tenha lugar para os que não compartilham da mesma visão, evidentemente...
A orientação sexual de uma pessoa, seja fruto de escolha deliberada ou um dado da natureza em relação ao qual haja ausência de poder de decisão - pouco importa - não é algo que define a essência dessa mesma pessoa. Aquilo que diz respeito sobretudo à alçada íntima, que direciona, mais do que qualquer outra coisa, o que o indivíduo faz entre quatro paredes, não indica nada a respeito de sua moralidade. É por isso, inclusive, que existem sujeitos heterossexuais imorais, bem como homossexuais que agem com base na diferenciação entre o certo e o errado. Preferências sexuais não podem ser utilizadas como parâmetro de moralidade e a legislação não deve servir a causas específicas deste ou daquele grupo - leis servem para normatizar e promover ajustes entre as pessoas em geral, única e exclusivamente com base em suas condutas como cidadãos.
É muito justo, nesse sentido, que casais homossexuais tenham os mesmos direitos civis que os heteros. O que ninguém deveria tolerar, seja qual for a orientação sexual, é a conotação de "movimento social" assumida pela causa LGBT, como se houvesse uma guerra entre homos e heteros. Quando uma questão social é tratada a partir de meios que sugerem enfrentamento entre grupos, com um deles sendo adjetivado sordidamente, desqualificado como retrógrado e como obstáculo a uma pretensa marcha histórica que requer eliminá-lo sob pena de não se atingir o progresso de toda a humanidade, então o que se deseja é o caos revolucionário alimentado pelo ódio e pela vingança, o poder político que se sustenta a partir do medo e da criação de bodes expiatórios. É exatamente esse tipo de discurso que sai da boca de Wyllys, ajudado por inúmeros inocentes úteis, ingenuamente crentes de que o que está em questão se resume aos seus direitos (sem que os mesmos reconheçam deveres), enredados pela trama do jogo de poder revolucionário que, uma vez vitorioso, não lhes daria a menor chance de escolha e de atuação individual, pois servem tão somente como massa de manobra totalitária, como grupo amorfo a serviço de arranjos políticos cuja estrutura se organiza em franco antagonismo às liberdades individuais.
Os próceres do gayzismo, ávidos por aglutinar pessoas humanas em torno de uma causa, retirando-lhes a capacidade de agir com base em princípios de universalidade, independentes da orientação sexual, mas condizentes com a defesa da liberdade individual, são eles, na verdade, os fascistas enrustidos, aproveitadores que precisam eliminar a diversidade em nome de um movimento criado com finalidades políticas totalitárias. Nada contra os gays e simpatizantes, tudo contra os gayzistas!
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