Muricy Ramalho é campeão brasileiro pela quinta vez. Sim, pela quinta vez, já que em 2005 o Internacional comandado por ele foi o legítimo campeão. O título conquistado ontem pelo Fluminense não é surpresa, dado que Muricy é já há um bom tempo, disparado, o melhor técnico do futebol brasileiro.
Seria chover no molhado escrever a respeito da competência do treinador nascido em São Paulo no ano de 1955, pois quem analisa despindo-se de passionalismos pueris, não tem a menor dúvida de que lhe sobram capacidade técnica e conhecimento futebolístico. Creio que não seja o fator competência seu diferencial, mas sim outras qualidades que considero mais fundantes num ser humano, e das quais deriva a própria possibilidade de se tornar competente, sobretudo quando o tema é o futebol de hoje em dia.
Muricy é uma pessoa muito diferente da maioria daqueles que fazem parte do ambiente do futebol moderno, mostra-se pois, sério, compromissado e sem jamais abandonar o princípio da honestidade. É o caráter de Muricy que lhe possibilitou alcançar o nível de excelência que possui hoje. Desde 2001, vem realizando trabalhos sólidos e conquistando títulos cada vez mais importantes. A Libertadores é apenas uma questão de tempo para abrilhantar mais ainda o currículo desse treinador vitorioso. Muricy não tem arroubos de estrelismo egocêntrico, nunca põe nada acima do treinamento diário e do afinco que uma equipe de futebol deve ter no dia-a-dia para que possa lograr êxito. Muricy trabalha sem vaidade e em prol da equipe, faz sempre questão de frisar que o técnico não deve interferir muito, assim, ele molda suas equipes procurando respeitar as características dos jogadores com os quais pode contar. Para aqueles que o criticam em função de dirigir times que não empolgam, a eficiência competitiva que lhe rende resultados absolutamente invejáveis e a habilidade de fazer com que equipes funcionem tão bem num futebol essencialmente exportador, servem como respostas irrefutáveis.
Em 2009, raro período de hiato nas conquistas do treinador, Muricy ficou marcado pelos insucessos na Libertadores, com o São Paulo, e principalmente com o Palmeiras no Brasileiro, durante o 2° semestre. Na equipe da zona Sul, pouco se pode lhe atribuir algum senão depois de três conquistas nacionais consecutivas. Já no Palmeiras, o elenco do qual dispunha era terrivelmente fraco e a liderança, obtida num momento muito circunstancial do campeonato, evidentemente não seria mantida na fase aguda da competição e com os desfalques sofridos em jogos decisivos. Um elenco já inepto, se tornaria ainda mais sem alguns atletas titulares e em situação de acirramento da disputa. Só mesmo os ignominiosos e pútridos cartolas alviverdes ainda não sabem que sem elenco é impossível conquistar o Brasileiro por pontos corridos. Por tocar nesse assunto, como se não bastasse, Muricy ainda por cima enfrentou um boicote sórdido por parte do péssimo e teimoso dirigente Gilberto Cipullo, defensor de Vanderlei Luxemburgo. Um ano e pouco depois, Muricy é novamente campeão nacional, já o treinador carioca pula de galho em galho e colhe os frutos bichados de sua decadência.
Após o fiasco da seleção de Dunga no mundial da África do Sul, Muricy foi convidado pela CBF para assumir o time brasileiro. Sem se render à vaidade e às cifras proporcionadas pelo cargo, preferiu uma vez mais agir pautado pela ética e cumprir seu contrato com o Fluminense. A equipe das Laranjeiras ocupou a liderança do Brasileiro durante 23 das 38 rodadas, confirmando a ponta após a partida derradeira e sagrando-se campeã, título que não vinha desde 1984. Retorno grandioso, compensador e merecido por Muricy, aquele que se apoia na simplicidade e na eficiência do trabalho sério, metódico e dedicado, sem lugar para egocentrismos, discursos empolados e balelas psicologizantes. Muricy é diferente do brasileiro comum, Muricy é um brasileiro para quem eu tiro o chapéu. Parabéns, campeão!
Seria chover no molhado escrever a respeito da competência do treinador nascido em São Paulo no ano de 1955, pois quem analisa despindo-se de passionalismos pueris, não tem a menor dúvida de que lhe sobram capacidade técnica e conhecimento futebolístico. Creio que não seja o fator competência seu diferencial, mas sim outras qualidades que considero mais fundantes num ser humano, e das quais deriva a própria possibilidade de se tornar competente, sobretudo quando o tema é o futebol de hoje em dia.
Muricy é uma pessoa muito diferente da maioria daqueles que fazem parte do ambiente do futebol moderno, mostra-se pois, sério, compromissado e sem jamais abandonar o princípio da honestidade. É o caráter de Muricy que lhe possibilitou alcançar o nível de excelência que possui hoje. Desde 2001, vem realizando trabalhos sólidos e conquistando títulos cada vez mais importantes. A Libertadores é apenas uma questão de tempo para abrilhantar mais ainda o currículo desse treinador vitorioso. Muricy não tem arroubos de estrelismo egocêntrico, nunca põe nada acima do treinamento diário e do afinco que uma equipe de futebol deve ter no dia-a-dia para que possa lograr êxito. Muricy trabalha sem vaidade e em prol da equipe, faz sempre questão de frisar que o técnico não deve interferir muito, assim, ele molda suas equipes procurando respeitar as características dos jogadores com os quais pode contar. Para aqueles que o criticam em função de dirigir times que não empolgam, a eficiência competitiva que lhe rende resultados absolutamente invejáveis e a habilidade de fazer com que equipes funcionem tão bem num futebol essencialmente exportador, servem como respostas irrefutáveis.
Em 2009, raro período de hiato nas conquistas do treinador, Muricy ficou marcado pelos insucessos na Libertadores, com o São Paulo, e principalmente com o Palmeiras no Brasileiro, durante o 2° semestre. Na equipe da zona Sul, pouco se pode lhe atribuir algum senão depois de três conquistas nacionais consecutivas. Já no Palmeiras, o elenco do qual dispunha era terrivelmente fraco e a liderança, obtida num momento muito circunstancial do campeonato, evidentemente não seria mantida na fase aguda da competição e com os desfalques sofridos em jogos decisivos. Um elenco já inepto, se tornaria ainda mais sem alguns atletas titulares e em situação de acirramento da disputa. Só mesmo os ignominiosos e pútridos cartolas alviverdes ainda não sabem que sem elenco é impossível conquistar o Brasileiro por pontos corridos. Por tocar nesse assunto, como se não bastasse, Muricy ainda por cima enfrentou um boicote sórdido por parte do péssimo e teimoso dirigente Gilberto Cipullo, defensor de Vanderlei Luxemburgo. Um ano e pouco depois, Muricy é novamente campeão nacional, já o treinador carioca pula de galho em galho e colhe os frutos bichados de sua decadência.
Após o fiasco da seleção de Dunga no mundial da África do Sul, Muricy foi convidado pela CBF para assumir o time brasileiro. Sem se render à vaidade e às cifras proporcionadas pelo cargo, preferiu uma vez mais agir pautado pela ética e cumprir seu contrato com o Fluminense. A equipe das Laranjeiras ocupou a liderança do Brasileiro durante 23 das 38 rodadas, confirmando a ponta após a partida derradeira e sagrando-se campeã, título que não vinha desde 1984. Retorno grandioso, compensador e merecido por Muricy, aquele que se apoia na simplicidade e na eficiência do trabalho sério, metódico e dedicado, sem lugar para egocentrismos, discursos empolados e balelas psicologizantes. Muricy é diferente do brasileiro comum, Muricy é um brasileiro para quem eu tiro o chapéu. Parabéns, campeão!
Perfeito! Que a verdade seja dita!
ResponderExcluirA diretoria do Palmeiras tentou manchar sua imagem, transferindo a culpa da própria incompetência para ele.
Com eficiência, inteligência e capacidade, a justiça foi feita.
E o Palmeiras está onde, infelizmente, merece estar.
Fernanda