Há exatos trinta anos, em 19/03/1982, um acidente áereo que poderia ter sido facilmente evitado provocou a morte prematura de Randy Rhoads, um dos maiores gênios da guitarra em todos os tempos. Definitivamente, o Rock nunca mais seria o mesmo depois dele.
No final da década de 1970, em virtude da onda punk, o momento se mostrava bastante difícil para bandas e músicos que procuravam primar pelo apuro técnico, assim, só quem realmente fosse extremamente bom e perseverante, quando muito, estava apto a conseguir se manter em cenário tão desfavorável. Nessa época Rhoads já mostrava sua incrível perícia no pouco conhecido Quiet Riot, talento que não demoraria para ser reconhecido e cobiçado. Em 1979 o guitarrista foi convidado para fazer parte da banda do já consagrado Ozzy Osbourne, que havia deixado o Black Sabbath e começava a partir de então sua carreira solo. A parceria entre o carismático e impressivo Ozzy e o prodígio de genialidade representado por Rhoads legou dois álbuns essenciais para qualquer discoteca de Heavy Metal que se preze, Blizzard Of Ozz (1980) e Diary Of A Madman (1981), obras primas que podem ser ouvidas infinitas vezes sem jamais deixarem de revelar novos detalhes e minúcias a serem desvendadas. Sem dúvida, teria sido muito mais se Rhoads não fosse vítima da tragédia. É possível que até hoje ele estivesse fazendo música juntamente com Ozzy.
A importância de Rhoads para o Heavy Metal é de natureza grandiosa, não só devido ao repertório completíssimo de técnicas que ele possuía, como também pela intensa criatividade na elaboração de riffs, melodias, licks e solos, só possíveis de serem executados por um guitarrista monstruoso como ele. Combinados, esses elementos lhe conferiram o que a meu ver define um músico de alto gabarito, isto é, a posse de um estilo próprio. Assim como acontece com todos os outros músicos dotados de enorme talento, distingue-se a sonoridade produzida por Rhoads já nos primeiros acordes, atributo que faz do músico não apenas um tocador de instrumento, mas alguém que dá a sua identidade a esse instrumento. Não é só uma guitarra, é uma guitarra tocada por Randy Rhoads, o que faz toda a diferença. Apreciar clássicos como Crazy Train, Mr. Crowley, Flying High Again, Goodbye To Romance, Over The Mountain, You Can´t Kill Rock And Roll, Little Dolls, Tonight ou Diary Of A Madman, surfando em cada nota perfeitamente encaixada por Rhoads, é um verdadeiro deleite.
Nascido em Santa Mônica, na Califórnia, Rhoads foi um divisor de águas no Rock, um guitarrista que juntamente com alguns outros nomes da New Wave Of British Heavy Metal, gente que lutava pela sobrevivência da técnica no outro lado do Atlântico, influenciou muitas bandas e guitar heroes dos anos 1980, proporcionando novo fôlego a um estilo ameaçado por modismos e que precisava reencontrar caminhos alternativos ao Hard e ao Progressivo setentistas. Estudioso, metódico e perfeccionista, contrariando a tese admiradora da preguiça que advoga em favor da despreocupação e do improviso como fatores de genialidade, Rhoads foi um músico à frente de seu tempo, um dos pioneiros a trazer a influência do Barroco e do Neoclássico para o campo do Rock. Tem-se aí um alto grau de percepção e inventividade dado somente àqueles que farejam e pesquisam, não aos que esperam obter frutos a partir de alguma iluminação milagrosa, ideia ingenuamente comprada por muitos críticos.
Se a máxima “apenas os bons morrem jovens” (ele morreu aos 25) for verdadeira, Rhoads infelizmente a representa categoricamente. Mas talvez esteja nisso também uma lógica que, apesar de trágica, define o gênio: cedo se foi, mas produziu com tamanha qualidade e competência, que foi o bastante para privilegiar os ouvintes da boa música. Rhoads não precisava de mais nada par ter seu lugar merecidíssimo na seleta galeria que eterniza os monstros sagrados. Rhoads está vivo em cada nota de sua música!
A importância de Rhoads para o Heavy Metal é de natureza grandiosa, não só devido ao repertório completíssimo de técnicas que ele possuía, como também pela intensa criatividade na elaboração de riffs, melodias, licks e solos, só possíveis de serem executados por um guitarrista monstruoso como ele. Combinados, esses elementos lhe conferiram o que a meu ver define um músico de alto gabarito, isto é, a posse de um estilo próprio. Assim como acontece com todos os outros músicos dotados de enorme talento, distingue-se a sonoridade produzida por Rhoads já nos primeiros acordes, atributo que faz do músico não apenas um tocador de instrumento, mas alguém que dá a sua identidade a esse instrumento. Não é só uma guitarra, é uma guitarra tocada por Randy Rhoads, o que faz toda a diferença. Apreciar clássicos como Crazy Train, Mr. Crowley, Flying High Again, Goodbye To Romance, Over The Mountain, You Can´t Kill Rock And Roll, Little Dolls, Tonight ou Diary Of A Madman, surfando em cada nota perfeitamente encaixada por Rhoads, é um verdadeiro deleite.
Nascido em Santa Mônica, na Califórnia, Rhoads foi um divisor de águas no Rock, um guitarrista que juntamente com alguns outros nomes da New Wave Of British Heavy Metal, gente que lutava pela sobrevivência da técnica no outro lado do Atlântico, influenciou muitas bandas e guitar heroes dos anos 1980, proporcionando novo fôlego a um estilo ameaçado por modismos e que precisava reencontrar caminhos alternativos ao Hard e ao Progressivo setentistas. Estudioso, metódico e perfeccionista, contrariando a tese admiradora da preguiça que advoga em favor da despreocupação e do improviso como fatores de genialidade, Rhoads foi um músico à frente de seu tempo, um dos pioneiros a trazer a influência do Barroco e do Neoclássico para o campo do Rock. Tem-se aí um alto grau de percepção e inventividade dado somente àqueles que farejam e pesquisam, não aos que esperam obter frutos a partir de alguma iluminação milagrosa, ideia ingenuamente comprada por muitos críticos.
Se a máxima “apenas os bons morrem jovens” (ele morreu aos 25) for verdadeira, Rhoads infelizmente a representa categoricamente. Mas talvez esteja nisso também uma lógica que, apesar de trágica, define o gênio: cedo se foi, mas produziu com tamanha qualidade e competência, que foi o bastante para privilegiar os ouvintes da boa música. Rhoads não precisava de mais nada par ter seu lugar merecidíssimo na seleta galeria que eterniza os monstros sagrados. Rhoads está vivo em cada nota de sua música!
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