Estou com 32 anos de idade, contabilizo 25 como morador do bairro da Lapa, região Oeste da capital paulista. Mesmo nos períodos em que não residi no coração lapeano, frequentei o mesmo semanalmente.
Tenho história na Lapa, história que ela própria tanto possui, pois é um dos bairros mais antigos da pauliceia, produto da imigração italiana na segunda metade do século XIX, crescido e desenvolvido em um dos primeiros surtos de industrialização do Brasil, no início do século XX, momento no qual os lucros do café decaíram e passaram a ser investidos no setor secundário. Obviamente, as mudanças ocorridas desde então foram totais e a Lapa ganhou outra paisagem, outra condição, tornando-se um bairro que, a exemplo de vários outros da megalópole, adentraram junto com ela na modernidade, ainda que em países como o Brasil, esse processo tenha se dado da forma mais atropelada possível, sem o acompanhamento da melhoria na infraestrutura.
O que posso afirmar, conhecendo muito bem a Lapa, é que ela jamais esteve em uma situação de tão gritante abandono e degradação como se encontra no momento presente. Ao mesmo tempo em que observa-se a instalação de grandes empreendimentos imobiliários, - com tudo que trazem de negativo, ainda podem ser a solução - o bairro virou local de proliferação de prostíbulos da mais baixa categoria, antros de dar nojo, dos quais o cheiro de naftalina exala e se mistura ao ar já poluído da rua. Há alguns anos eles estão em funcionamento, denúncias feitas, fecham por algum período, mas voltam a abrir portas novamente. Onde estão as autoridades?
Não acaba por aí..., a quantidade de lixo depositado inadequadamente nas ruas lapeanas é de assustar. Há de todos os tipos, desde simples sacos colocados na rua fora do horário de coleta, passando por sujeira comum, - copinhos, papéis de bala, panfletos e afins, descartada por transeuntes inconsequentes e sujismundos que não são moradores do bairro, até entulho, sofá, restos de comida que provocam náusea ou mesmo o que sobrou de um velho portão, também ele permeado por histórias lapeanas de antanha. Uma imensa variedade de lixo, espalhada por todo o bairro, em cada via, em cada maltratado canteiro ao pé das árvores, o puro retrato do descaso e da total falta de respeito para com o cidadão-morador-contribuinte. Onde estão as autoridades?
Soninha Francine é a atual subprefeita do bairro, cargo que ocupa desde o início desse ano. De lá para cá, só houve piora na situação e me pergunto qual a relação de Soninha com a Lapa. Será que tem alguma? Recentemente, ela declarou que o salário de R$ 6 mil (!) que fatura para administrar a Lapa é uma brincadeira. A subprefeita poderia renunciar ao cargo e ficar apenas com as cifras polpudas que deve obter como comentarista esportiva na ESPN Brasil, algo que inclusive ela faz quase tão mal quanto administra o bairro. Ninguém de bom senso faz questão de sua gestão. Soninha pretende se candidatar ao governo do Estado... Soninha, o que você me diz sobre a situação da Lapa?
O panorama é triste e revoltante, a esperança é que alguém de mais capacidade administrativa possa, a algum momento, tomar as rédeas, se bem que a cada dia o ceticismo em relação a políticos competentes aumenta mais e mais. Tal esperança se assemelha a uma quimera. Talvez, os tantos empreendimentos imobiliários anteriormente citados, possam pressionar pelas urgentes providências, afinal, irá o comprador de tão alto poder aquisitivo conformar-se em residir num bairro francamente degenerado? Tudo é uma questão de cidadania...
Tenho história na Lapa, história que ela própria tanto possui, pois é um dos bairros mais antigos da pauliceia, produto da imigração italiana na segunda metade do século XIX, crescido e desenvolvido em um dos primeiros surtos de industrialização do Brasil, no início do século XX, momento no qual os lucros do café decaíram e passaram a ser investidos no setor secundário. Obviamente, as mudanças ocorridas desde então foram totais e a Lapa ganhou outra paisagem, outra condição, tornando-se um bairro que, a exemplo de vários outros da megalópole, adentraram junto com ela na modernidade, ainda que em países como o Brasil, esse processo tenha se dado da forma mais atropelada possível, sem o acompanhamento da melhoria na infraestrutura.
O que posso afirmar, conhecendo muito bem a Lapa, é que ela jamais esteve em uma situação de tão gritante abandono e degradação como se encontra no momento presente. Ao mesmo tempo em que observa-se a instalação de grandes empreendimentos imobiliários, - com tudo que trazem de negativo, ainda podem ser a solução - o bairro virou local de proliferação de prostíbulos da mais baixa categoria, antros de dar nojo, dos quais o cheiro de naftalina exala e se mistura ao ar já poluído da rua. Há alguns anos eles estão em funcionamento, denúncias feitas, fecham por algum período, mas voltam a abrir portas novamente. Onde estão as autoridades?
Não acaba por aí..., a quantidade de lixo depositado inadequadamente nas ruas lapeanas é de assustar. Há de todos os tipos, desde simples sacos colocados na rua fora do horário de coleta, passando por sujeira comum, - copinhos, papéis de bala, panfletos e afins, descartada por transeuntes inconsequentes e sujismundos que não são moradores do bairro, até entulho, sofá, restos de comida que provocam náusea ou mesmo o que sobrou de um velho portão, também ele permeado por histórias lapeanas de antanha. Uma imensa variedade de lixo, espalhada por todo o bairro, em cada via, em cada maltratado canteiro ao pé das árvores, o puro retrato do descaso e da total falta de respeito para com o cidadão-morador-contribuinte. Onde estão as autoridades?
Soninha Francine é a atual subprefeita do bairro, cargo que ocupa desde o início desse ano. De lá para cá, só houve piora na situação e me pergunto qual a relação de Soninha com a Lapa. Será que tem alguma? Recentemente, ela declarou que o salário de R$ 6 mil (!) que fatura para administrar a Lapa é uma brincadeira. A subprefeita poderia renunciar ao cargo e ficar apenas com as cifras polpudas que deve obter como comentarista esportiva na ESPN Brasil, algo que inclusive ela faz quase tão mal quanto administra o bairro. Ninguém de bom senso faz questão de sua gestão. Soninha pretende se candidatar ao governo do Estado... Soninha, o que você me diz sobre a situação da Lapa?
O panorama é triste e revoltante, a esperança é que alguém de mais capacidade administrativa possa, a algum momento, tomar as rédeas, se bem que a cada dia o ceticismo em relação a políticos competentes aumenta mais e mais. Tal esperança se assemelha a uma quimera. Talvez, os tantos empreendimentos imobiliários anteriormente citados, possam pressionar pelas urgentes providências, afinal, irá o comprador de tão alto poder aquisitivo conformar-se em residir num bairro francamente degenerado? Tudo é uma questão de cidadania...
concordo plenamente mas gostaria que este texto chegasse até a sub prefeita e moradores da Lapa, será que é possivel? é inaceitável uma administração tão mediocre feita por uma pessoa que se julga diferenciada em relação à maioria dos politicos deste pais, mas também atribuo a responsabilidade ao Sr Kassab pois muitos bairros de São paulo estão em igual ou pior situação.
ResponderExcluirPatricia
Enviei um e-mail para o projeto Ação Lapa, citando, além do artigo, outras questões relativas ao bairro.
ResponderExcluirVamos ver se vai surtir algum efeito...