Nesta semana, durante a leitura de um blog, me deparei com a seguinte notícia: http://ironmaidenflight666.blogspot.com/2011/08/aluno-advertido-por-ser-fa-do-iron.html. Tem-se aí um exemplo típico de uma situação de resolução muito simples, mas que foi tornada uma tempestade devido ao despreparo e ao preconceito da diretora.
Um aluno batendo na carteira como se ela fosse uma bateria enquanto a aula era ministrada. Bastaria que o professor lhe advertisse, já que a atitude se mostrava inconveniente para o momento e, caso ele insistisse, que lhe desse um ponto negativo ou passasse uma lição extra. Dificilmente a coisa teria chegado à diretoria. Ainda assim, a própria diretora poderia resolver a questão com bom senso se conversasse sobre a atitude inconveniente sem entrar no mérito do gosto musical do garoto, que nada tem a ver com o fato de bater na carteira. Fico imaginando o que a diretora faria se, ao invés de Rock, ele estivesse “tocando” outro ritmo qualquer.
É difícil para muitas pessoas analisar as coisas de um ponto de vista simples, nem por isso menos elegante. Apreciar um determinado estilo musical porque ele agrada o sentido auditivo do ouvinte, ou porque permite analisar a perícia técnica de um músico são absolutamente recorrentes, mas a mania pseudointelectual de pensar a arte a partir de um enfoque sociológico em ocasiões cotidianas, leva no mais das vezes a embaraços desnecessários.
A notícia do caso revela que a diretora não tem a mínima noção a respeito do Rock para ter agido de tal modo preconceituoso, usando de distorções e inverdades numa clara tentativa de causar terror psicológico no garoto e lhe incutir uma lavagem cerebral (no mesmo blog pode ser lida também uma entrevista com o menino Marcelo Corrêa Carvalho contando sobre o episódio). Quem estiver livre de manter preconceitos, observados muitas vezes em programas como Malhação ou nas atrações feitas para um público adolescente em acelerado processo de idiotização, estes sim desprovidos de qualquer mensagem positiva, jamais incorreria no erro grosseiro de enxergar adoração demoníaca, magia negra, ou seja lá qual superficialidade do tipo em bandas de Heavy Metal.
Enveredar por um caminho sociológico de análise da arte, mais especificamente da música, pode ser espinhoso se o sujeito da análise não tiver conhecimento de causa. Em termos paradoxais, esta diretora seria obrigada a admitir que há prejuízo e negatividade em estudar história, mitologia grega, ler contos de Edgar Allan Poe, poemas de Samuel Taylor Coleridge ou ficções de Aldous Huxley, temas presentes nas letras do Iron Maiden e de outras bandas do gênero. Desconhecimento, preconceito e subjetivismo, combinação fadada à incongruência que logo levaria a ilustre diretora ao despautério de pensar que tudo pode conter potenciais elementos negativos. Aquele que estiver enredado numa lógica totalizante desse tipo, logo não poderá ouvir Wagner, porque sua música serviu de trilha sonora para o Terceiro Reich, tampouco poderá estudar Santo Agostinho, já que sua obra foi usada por inquisidores, logo, cairá numa paranoia absurda.
Para aqueles que sustentam visão estereotipada a respeito do que não conhecem, - como esta diretora ou como André Forastieri, polemista de análises rasteiras - fruto de influência recebida por meio do senso comum e dos modismos, resta lhes informar que a cultura de boa qualidade pode ser encontrada em lugares bem além de suas vãs impressões, algo que um garoto inteligente de oito anos já sabe. Que tenhamos mais Marcelos e menos gente tacanha.
É difícil para muitas pessoas analisar as coisas de um ponto de vista simples, nem por isso menos elegante. Apreciar um determinado estilo musical porque ele agrada o sentido auditivo do ouvinte, ou porque permite analisar a perícia técnica de um músico são absolutamente recorrentes, mas a mania pseudointelectual de pensar a arte a partir de um enfoque sociológico em ocasiões cotidianas, leva no mais das vezes a embaraços desnecessários.
A notícia do caso revela que a diretora não tem a mínima noção a respeito do Rock para ter agido de tal modo preconceituoso, usando de distorções e inverdades numa clara tentativa de causar terror psicológico no garoto e lhe incutir uma lavagem cerebral (no mesmo blog pode ser lida também uma entrevista com o menino Marcelo Corrêa Carvalho contando sobre o episódio). Quem estiver livre de manter preconceitos, observados muitas vezes em programas como Malhação ou nas atrações feitas para um público adolescente em acelerado processo de idiotização, estes sim desprovidos de qualquer mensagem positiva, jamais incorreria no erro grosseiro de enxergar adoração demoníaca, magia negra, ou seja lá qual superficialidade do tipo em bandas de Heavy Metal.
Enveredar por um caminho sociológico de análise da arte, mais especificamente da música, pode ser espinhoso se o sujeito da análise não tiver conhecimento de causa. Em termos paradoxais, esta diretora seria obrigada a admitir que há prejuízo e negatividade em estudar história, mitologia grega, ler contos de Edgar Allan Poe, poemas de Samuel Taylor Coleridge ou ficções de Aldous Huxley, temas presentes nas letras do Iron Maiden e de outras bandas do gênero. Desconhecimento, preconceito e subjetivismo, combinação fadada à incongruência que logo levaria a ilustre diretora ao despautério de pensar que tudo pode conter potenciais elementos negativos. Aquele que estiver enredado numa lógica totalizante desse tipo, logo não poderá ouvir Wagner, porque sua música serviu de trilha sonora para o Terceiro Reich, tampouco poderá estudar Santo Agostinho, já que sua obra foi usada por inquisidores, logo, cairá numa paranoia absurda.
Para aqueles que sustentam visão estereotipada a respeito do que não conhecem, - como esta diretora ou como André Forastieri, polemista de análises rasteiras - fruto de influência recebida por meio do senso comum e dos modismos, resta lhes informar que a cultura de boa qualidade pode ser encontrada em lugares bem além de suas vãs impressões, algo que um garoto inteligente de oito anos já sabe. Que tenhamos mais Marcelos e menos gente tacanha.
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